4 minutos e 50 segundos

não... não é a duração do filme... eu sei que é uma curta, mas não é assim tanto... passo a explicar:

Há 7 dias atrás acabámos a edição daquela que seria, na prática a primeira versão (mas em teoria a segunda) do filme. Foi uma autêntica odisseia que eu, a Joaninha (a Deusdado) e o Dani passámos lá em baixo, numa sala de 6 m2, três andares abaixo do solo, com um ar um pouco rarefeito, durante dias, dias e noites... Mas ao fim de duas semanas, eis que surge em frente aos nossos olhos o filme que tanto aguardávamos poder ver... sim, porque quando se está a editar tem-se muito pouca noção de como irá resultar tudo junto. Os momentos que antecedem aos visionamentos, aqueles últimos planos que cortamos, são sempre acompanhados por muita ansiedade. Claro que isso se perde depois de vermos o resultado e concluirmos que ainda há muitas coisas a limar, muitos erros a corrigir, e isso significa muito mais dias ali enfiados. Bom, a primeira versão, da semana passada, com os problemas corrigidos, e com quase todos os planos que eu queria pôr, tinha 22.20 min. Mais 7.20 min do que o que deveria ter. E era um problema porque parecia difícil encortar tanto tempo... Ainda estávamos longe de ter o filme pronto.
Durante estes últimos dias tívemos a cortar, cortar, cortar... Hoje ao final do dia o filme tínha 17.30 min. Pode parecer irrisório, mas conseguimos cortar 4.50 min, sem tirar nenhuma acção, e retirando muito poucos planos. Basicamente aumentámos o ritmo do filme, com cortes mais rápidos, movimento mais bem limados, e aceleramos alguns planos, que ninguém vai notar...
Neste momento estou bastante contente com o resultado. Por mim, não cortava mais, até porque daqui para a frente cortar, significa ir cortar coisas ao argumento e criar problemas à continuidade para justificar as acções "fantasma". Quem vai ficar contente é a Joana Mesquita, porque ainda assim mantivémos muito das coreografias dela e da Margarida. Mas esta ainda é a versão 2 (em teoria a 4ª)...
Amanhã, ou continuamos a cortar, ou começaremos a ultimar os últimos pormenores para enviar o filme para a edição de som.

Nos intervalos da edição (que têm de ser cada vez mais para arejarmos) vamos aproveitando para arrumar a sala, que agora parece que tem mais espaço, montámos um monitor novo HD para podermos ver melhor o filme, entre outras coisas... O ambiente lá em baixo está muito bom... Os nossos vizinhos de outras produções são muito simpáticos! Estou sempre a espreitar os "Instantes Decisivos". Estou muito curioso quanto a esse filme, até porque também entrei nesse, num papel um bocadinho menos relevante - o de figurante! Também temos tido imensas visitas... Aliás alguns dias são terríveis. Sai um, chega outro... assim não há condições!!!
Por outro lado a convivência com as mesmas pessoas durante muito tempo, pode afectar os nosso estados mentais, mutuamente. O Dani ri-se como o Goffy (Pateta)... juro... é mesmo igual! A Joaninha passa o dia a saltar na cadeira, que é maior do que ela, e sempre que pode põe música esquisita... a melhor coisinha que pôs até agora foi Boite Zuleika. Para além disso começo ater vergonha de ir com ela ao bar... manda sempre as torradas para trás para porem mais manteiga... extra, extra, extra manteiga... por favor... À parte disso começamos a dominar o FinalCut Pro. Mesmo eu que não sou nada dado a Macs, já começo a funcionar muito bem com o programa, ás vezes tanto que a Joana tem de me bater por fazer tudo por ela... oops...
Em paralelo continua-se a trabalhar a promoção do filme, mas nos próximos dias escrevo sobre isso.

Mais algums frames do filme... não sei porque será, mas as frames das explosões fascinam-me... não sei se é por serem coisas fora do vulgar, ou por mesmo se virmos algo do genéro não nos ser possível parar o tempo destes momentos desta forma. À primeira imagem, gostamos de chamar, carinhosamente "Zulmira amaldiçoada por Deus"... afinal.. isto é o paraíso...

(escrito ao som de The Veils - The Valleys of New Orleans)